quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO NO INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

SÍNDROME DE BURNOUT: UM ESTUDO NO INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA

As condições de trabalho no Brasil têm exposto diversos profissionais, especialmente professores, a um desgaste emocional que pode atingir níveis elevados, conhecido como Estresse Crônico do Trabalho, ou Síndrome de Burnout (SBO), provocando diversas perdas em qualidade de trabalho e de vida, além de prejuízos organizacionais, especialmente quando o profissional perde a motivação, adoece ou se afasta para tratamento. Foi realizado um estudo no Instituto Federal da Bahia (IFBahia), na época Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (CEFET-BA), com informações coletados através do Inventário Burnout de Maslach (Maslach Burnout Inventory, MBI) (MASLACH e JACKSON, 1981), buscando identificar a possibilidade de existência desta Síndrome entre professores de ensino profissionalizante da Instituição. Os resultados foram analisados com base em métodos estatísticos de análise fatorial, mostrando-se condizentes com outros já realizados no Brasil.

Palavras-chave: Síndrome de Burnout; Inventário de Burnout de Maslach (MBI); Saúde docente; Análise Fatorial.

Artigo completo em http://www.scribd.com/doc/36464019/ETC-SBO-2009

Como citar:

LIMA NETO, José Lamartine de A. Sindrome de Burnout: Um Estudo no Instituto Federal da Bahia. Revista E.T.C. Educação, Tecnologia e Cultura. Ano 7, Nº. 06, jan./dez. 2009, Salvador: IFBA, 2009.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

TUDO DEPENDE DO PONTO DE VISTA DE CADA UM!!!


Conversa de dois casais sobre a vida sexual deles...

As duas mulheres conversam, e uma pergunta a outra:

Como foi o teu sexo ontem?


1 -- Catastrófico....
O meu marido chegou do trabalho, jantou em 3 minutos, depois tivemos sexo durante 4 minutos e 2 minutos depois ele já dormia.... E você?

2 -- Foi fantástico! O meu marido chegou em casa levou-me para jantar fora. Depois passeamos durante 1 hora até chegarmos em casa. Após 1 hora de preliminares à luz das velas fizemos sexo durante 1 hora e imagina, no final ainda conversamos durante 1 hora.
Numa palavra: Maravilhoso!!!


Os dois homens conversam:
Como foi o teu sexo ontem?

1 -- Super! Cheguei em casa, o jantar estava servido, já na mesa; jantei, fiz sexo e adormeci imediatamente. E você?

2 -- Catastrófico...
Cheguei em casa e não havia eletricidade porque tinha me esquecido de pagar a última conta.
Assim levei a minha mulher jantar fora a um restaurante qualquer.
A comida era uma porcaria e caríssima. Fiquei sem dinheiro para pagar o táxi de volta para casa.
Não tivemos outra alternativa senão ir a pé. Chegamos em casa e claro, como não tínhamos eletricidade, fomos obrigados a acender velas!
Eu estava de tal maneira fora de mim que precisei de 1 hora até que o bicho ficasse em pé e de mais uma hora até conseguir gozar.
Estava tão possesso e não consegui adormecer durante 1 hora. Acabei sendo bombardeado pela minha mulher com uma conversa fiada interminável.


sábado, 21 de agosto de 2010

DEVASTAÇÃO GRAMSCISTA


Por Ipojuca Pontes
05-Jun-2007

Prosseguindo no exame do panorama político-ideológico predominantemente esquerdista que se abate sobre a vida cultural brasileira, há que se destacar a presença do pensamento de Antonio Gramsci, seguramente mais eficiente do que as ações do Djanovismo soviético e da Escola de Frankfurt na criação das “condições objetivas” para se chegar a um “outro mundo possível” - vale dizer, estabelecer por aqui uma sociedade comunista. Para quem não sabe, Gramsci foi o secretário-geral do PC italiano que Benito Mussolini, em 1926, instituindo o “tribunal especial para a defesa do Estado”, condenou a 24 anos de prisão, depois de considerá-lo um “cérebro perigoso”. Confinado na penitenciária de Turi (na província de Bari, Puglia) Gramsci - cujo pai, Francesco, foi condenado a 5 anos de prisão por peculato e extorsão - arquitetou, em 33 cadernos escritos no cárcere, o mais diabólico esquema estratégico para a tomada do poder pelos socialistas em geral e os marxistas em particular. Com efeito, embora fugindo à estratégia de assalto direto ao poder preconizado por Lenin, cujo cerne é a violência revolucionária, os objetivos gramscistas sãos os mesmos de Marx, Engels, Lênin e Fidel Castro, qual seja, destruir o capitalismo para firmar o “Estado Regulado”.

De fato, com Antonio Gramsci - “Il Gobbo” (“O Corcunda”) - a “transição para o socialismo” ganharia novos contornos estratégicos: ao invés da “guerra de movimento” instituída por Lenin, os socialistas ocidentais, em face do fracasso da revolução bolchevique fora da Rússia, apelariam para a “guerra de posição”, metódica e segura, a ser conduzida pelo “intelectual orgânico” com o respaldo da “sociedade civil organizada”. O objetivo, a longo prazo, seria a defenestração da burguesa e suas instituições de poder, mas, agora, pela via da “revolução passiva”. Em vez do Estado burguês, a hegemonia do Estado passaria às “classes subalternas”.

Para administrar as sucessivas crises fomentadas no Estado democrático tradicional - uma condicionante fundamental na estratégia da “transição para o socialismo”-, Gramsci aponta como obrigatória a organização das “classes subalternas” a partir da mobilização de “aparelhos privados de hegemonia” - estes, considerados alicerces básicos para a formação da nova Sociedade Civil. Por “mobilização de aparelhos privados de hegemonia”, o teórico comunista compreende as distintas ações subversivas do partido-classe, sindicatos, associações, organizações não-governamentais (Ongs), etc., todos atuando para minar as “trincheiras” e os núcleos de “defesa” da sociedade capitalista.

Caberia ao intelectual “orgânico” o papel de buscar a adesão da sociedade civil pela penetração cultural e a detonação da guerra psicológica contra as instituições representativas do parelho hegemônico do Estado democrático tradicional. Na sua lógica “transformadora”, Gramsci considera todo mundo como intelectual, deste o sapateiro até o escriturário, passando pela enfermeira, etc., a formar, no fundo, a massa de manobra para servir de pasto à manipulação ideológica esquerdista.

O intelectual “orgânico”, na nova estratégia revolucionária, deve conquistar, entre os demais integrantes da sociedade, a adesão do “intelectual tradicional” (burguês), desde que este aceite o papel preponderante do partido-classe - o “príncipe moderno”, na linguagem cifrada de Gramsci - como dirigente e formador do novo “consenso”, objeto final da “guerra de posição”, a etapa avançada de mobilização na “transição para o socialismo”.

(O que venha ser partido-classe, o próprio Gramsci, nas suas “Notas sobre Maquiavel”, assim o define: “O moderno Príncipe desenvolve-se, subverte todo o sistema de relações intelectuais e morais, uma vez que o seu desenvolvimento significa, de fato, que todo o ato é concebido como útil ou prejudicial, como virtuoso ou criminoso, somente na medida em que tem como ponto de referência o próprio príncipe moderno e serve ou para aumentar o poder ou para opor-se a ele. O príncipe toma o lugar, nas consciências, da divindade ou do imperativo categórico, torna-se a base de um laicismo moderno e de uma completa laicização de toda a vida e de todas as relações de costume”).

Para estabelecer o “consenso”, o gramscismo labora dia e noite na imposição de um novo senso comum, o conjunto de valores, crenças, costumes, tradições e o modo de pensar prevalecente no seio da sociedade tradicional. A concepção monstruosa do corcunda pretende nulificar o ser humano para, em seguida, por “dentro”, dar-lhe nova formatação, gerando assim uma espécie de Frankstein coletivo.

Hoje, não há como negar, a sociedade brasileira já sofre os efeitos deletérios da estratégia gramsciana para chegar ao governo hegemônico das “classes subalternas”. Facções de organizações não-governamentais, partidos políticos, setores universitários, meios de comunicação em geral, as artes, produção editorial, a igreja, a justiça, o governo, etc. - juntos na tarefa ingente de formar o “consenso” antes do bote final -, desmontam os valores culturais do Brasil tradicional, rearticulando novos conceitos de sociedade nacional (“sociedade civil”), de cidadão (“cidadania”), de opinião individual (opinião coletiva “politicamente correta”), de legalidade (“legitimidade”), etc., numa lavagem cerebral sem precedentes na história da nação.

A “guerra de posição” de Gramsci, claro, não subestima a alternativa de, no momento oportuno, se associar à “guerra de movimento” preconizada por Lênin, que envolve a violência das armas. Mas prefere, em vez disso, ter como arma a incessante manipulação de aulas, discursos, palestras, livros, noticiário da imprensa, filmes, novelas, shows musicais, peças teatrais, para chegar, afinal, por outros caminhos, ao velho, totalitário e criminoso regime comunista.

http://causaliberal.com.br/causaliberal/index.php?option=com_content&task=view&id=187

Entrevista com Ivo Patarra, autor de "O Chefe"

capa03Após anos de investigação, Ivo Patarra afirma: "Lula é o chefe. A rede de esquemas é enorme, complexa e, se houver inteligência, Lula não deve saber dos detalhes, até para não ser envolvido. Mas, como mais alto mandatário da nação e beneficiário dos métodos constituídos para dar governabilidade à sua administração, dá o devido suporte e apoio. É o protetor de tudo."

O jornalista Ivo Patarra, 52 anos, é autor do memorável livro "O Chefe", obra recentemente ampliada e atualizada, em que retrata e analisa todos os escândalos de corrupção envolvendo o Presidente Luís Inácio da Silva e o PT, e em especial, o mensalão. Possui larga experiência em jornalismo político, trabalhou nos jornais Folha de S.Paulo, Folha da Tarde, Diário Popular e Jornal da Tarde, bem como exerceu cargos de assessoria em comunicação nos municípios de São Paulo, Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo. Além de "O Chefe", que promete ser um clássico para a literatura da ciência política no futuro, é também autor de "Nova York - São Paulo de motocicleta: 73 dias de aventura e emoção", "Fome no Nordeste Brasileiro" e "Morte de Juscelino Kubitschek: acidente ou atentado?".

"O Chefe" pode ser adquirido em versão impressa ou baixado gratuitamente a partir do site O Chefe (http://www.escandalodomensalao.com.br) ou da Livraria Virtual do blog LIBERTATUM (http://libertatumlivros.blogspot.com).

Apresentamos a seguir a entrevista, realizada no dia 24 de março de 2010, por Klauber Cristofen Pires:

MSM: O que lhe motivou a escrever "O Chefe"?

Ivo Patarra:
A eclosão do escândalo do mensalão, pela gravidade e a envergadura do maior esquema de corrupção governamental de que se tem notícias no Brasil, em todos os tempos.

MSM:
Quando surgiram as primeiras evidências de corrupção no governo de Luís Inácio Lula da Silva?

Ivo Patarra: Houve o caso grave em 2004 envolvendo Waldomiro Diniz, o braço direito do então ministro José Dirceu, que apareceu em vídeo pedindo propina a um empresário do jogo.

MSM: O Sr acredita que sua obra jornalística compõe um dossiê mais ou menos representativo dos fatos ou que apenas aponta para a "ponta do iceberg"?

Ivo Patarra: "O Chefe" é resultado de uma pesquisa de cinco anos. Ouso dizer que é bastante completo em relação à corrupção que veio à tona nos governos Lula, mas certamente é a ponta do icebeg do que aconteceu.

MSM: Por qual motivo Lula decidiu tão avidamente incluir Roberto Mangabeira Unger no seu governo?

Ivo Patarra: Faço essa pergunta no primeiro capítulo. Ao longo das 457 páginas de "O Chefe" há muitos indícios e evidências sobre o motivo. Respondo a questão no último capítulo.

MSM: Qual o nível de envolvimento do advogado Roberto Teixeira? Os acidentes aéreos acontecidos e o caos no sistema aéreo foram conseqüências diretas da corrupção na Anac e Infraero?

Ivo Patarra: Roberto Teixeira ganhou milhões advogando para o setor aéreo. É fato que a reforma da pista principal do aeroporto de Congonhas foi protelada, aparentemente sem justificativa. Ou, melhor dizendo, a justificativa parece ter sido autorizar depois uma obra de emergência, sem licitação, supostamente mais cara. Inaugurada às pressas, sem as ranhuras do pavimento, a pista pode ter contribuído decisivamente para o maior desastre da história aviação civil no Brasil, em julho de 2007.

MSM: Para o Ministério Público, o esquema em Santo André começou a implodir quando Celso Daniel descobriu que a propina não vinha irrigando os cofres do PT, como o prefeito desejava, mas morria nas mãos de Sombra, Klinger e Ronan. O Sr concorda com esta suposição? Não teria sido mais conveniente ao PT proteger a imagem do prefeito?

Ivo Patarra: Celso Daniel montou o esquema de corrupção em Santo André e o estimulou, mas pessoas no seu entorno teriam ido com muita sede ao pote, o que diminuía o volume de dinheiro que ele desejava irrigando os cofres do PT. Celso Daniel tentou reverter o quadro e pagou com a própria vida. O PT tentou proteger ao máximo a imagem do prefeito, sem abrir mão da proteção do próprio partido. Nesse sentido, insistiu que havia sido um "crime comum" e não um "crime político". De fato, foi crime comum, motivado pelo destino da roubalheira em Santo André.

MSM: Houve outras mortes, além do caso de Santo André, que possam ser atribuíveis aos esquemas de corrupção apontados em seu livro?

Ivo Patarra: Talvez o prefeito de Campinas, Toninho do PT, possivelmente vinculada a interesses de empresários do bingo, que contribuíram com milhões para a campanha de Lula e se revoltaram com o suposto combate ao jogo desencadeado pelo prefeito do partido do presidente.

MSM: Ainda é assídua a participação de José Dirceu nos diversos esquemas apontados? Como ele tem atuado nos bastidores?

Ivo Patarra: É só abrir os jornais para ver as digitais de José Dirceu em assuntos ligados ao PT e ao governo Lula. O caso mais recente é o da Telebrás e a "consultoria" prestada por Dirceu a uma empresa interessada em milhões que viriam com a reativação da estatal. Com a eficiência costumeira, o entorno do presidente da República trata de abafar o caso. Não tenho dúvida de que o ex-ministro ocupará papel importante nos destinos do País, caso a candidata do presidente seja vitoriosa nas urnas.

MSM: De conhecimento de todos os casos apontados no seu livro, qual a sua conclusão sobre a estrutura de corrupção construída pelo PT? Ela forma uma pirâmide hierárquica ou constitui-se de uma rede de responsabilidades paralelas?

Ivo Patarra: Não acredito que haja uma organização entrelançando os diversos esquemas nas várias áreas de atuação do Governo Federal. Cada setor da administração, controlado por gente do PT e dos partidos da base aliada, cuida da sua fatia do bolo, embora, obviamente, haja uma "inteligência" na divisão dos cargos, proporcional ao peso dos aliados, e na suposta arrecadação de propina, que, fundamentalmente, enriquece agentes políticos, funcionários públicos, empresários e irrigada os caixas 2 dos partidos envolvidos.

MSM: Qual o papel protagonizado por Lula? Ele tem participação como mentor dos esquemas apontados, delibera sobre eles e os gerencia ou apenas atua como executor e protetor?

Ivo Patarra: Lula é o chefe. A rede de esquemas é enorme, complexa e, se houver inteligência, Lula não deve saber dos detalhes, até para não ser envolvido. Mas, como mais alto mandatário da nação e beneficiário dos métodos constituídos para dar governabilidade à sua administração, dá o devido suporte e apoio. É o protetor de tudo. Não tenho dúvida de que os esquemas corruptos continuaram no segundo mandato, até porque a base de apoio continuou a mesma, e até foi ampliada com a entrada em peso do PMDB.

MSM: O Senhor é ou foi militante do PT? Em que período? Em caso positivo, como o Senhor enxerga a imensa rede de corrupção promovida de alto a baixo nesta entidade partidária?

Ivo Patarra: Jamais fui militante do PT ou de qualquer partido. A corrupção, infelizmente, não é limitada ao PT e está difundida por praticamente todo o País e todas as agremiações partidárias. A aliança espúria entre corrupção e impunidade é o maior desafio da sociedade brasileira.

MSM: Não obstante a queda dos principais protagonistas das denúncias de corrupção, até o momento nenhum deles está preso e nem sequer foi julgado. A que deve tamanha mora por parte da justiça?

Ivo Patarra: O Brasil é o País da corrupção e da impunidade. Já é tempo da sociedade exigir a punição dos responsáveis. Só assim venceremos a desigualdade social, nosso maior problema. Notícia recente, por exemplo, mostra que o ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, poderá ser preso pela Interpol se deixar o Brasil, por causa de supostos desvios de dinheiro público em obra na capital paulista. O único lugar em que ele aparentemente está seguro é no Brasil, justamente o País cujos cofres públicos teriam sido lesados por ele. Absurdo! Está preso apenas o governador do DF, mas porque foi flagrado num caso simplesmente espetacular de corrupção, todo muito bem documentado.

MSM: O seu livro vem a esclarecer alguma relação do PT com o Foro de São Paulo e/ou com as FARC?

Ivo Patarra: Não.

MSM: Diante de tantas evidências de corrupção, a que o Sr atribui o fato de Sr Luiz Inácio Lula da Silva continuar com a popularidade tão elevada, depois de quase ter sofrido um "impedimento?"

Ivo Patarra: Lula "conversa" muito bem com o povo. É um mestre nisso. Tem à disposição uma máquina fantástica de comunicação e propaganda. Não sofreu o devido processo por crime de responsabilidade pelos fatos ligados ao mensalão graças à leniência da sociedade brasileira de modo geral. Podemos dizer que o Congresso e a Justiça prevaricaram, e que os brasileiros foram medrosos e negligentes. Lula deveria ter sofrido o impeachment. Esse processo todo foi um péssimo exemplo para a população brasileira. Venceu a transgressão, a malandragem.

MSM: Em sua opinião, onde se encontram as falhas institucionais que propiciaram tamanho gigantismo de corrupção e de blindagem?

Ivo Patarra: Sem uma reforma política que tenha meios de desvincular o Poder Legislativo, ou seja, o Congresso Nacional, do Poder Executivo, o Governo Federal, continuaremos a ter o presidente nas mãos de deputados e senadores, que cobram caro por isso, e que, por sua vez, não dispõem de autonomia para fazer valer os verdadeiros interesses nacionais. Por outro lado, temos de dar mais força ao Ministério Público, autonomia à Polícia Federal, exigir eficiência e transparência da Justiça e, finalmente, propiciar mecanismos - e a internet é essencial para isso - a fim de que a sociedade possa fiscalizar e cobrar os poderes constituídos.

MSM: O livro aponta para alguma participação direta de Dilma Roussef nos esquemas apontados?

Ivo Patarra: Dilma tem um envolvimento discreto ao, por exemplo, receber em seu gabinete, fora da agenda, os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh e Roberto Teixeira, interessados, respectivamente, nos casos do banqueiro Daniel Dantas e na venda da Varig. Ela também aparece, segundo a diretora da Receita Federal afastada, como tendo pressionado a favor de abafar as investigações que envolviam o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado e aliado de Lula, José Sarney, e por ter colocado, pelo menos indiretamente, a máquina do Ministério da Casa Civil para produzir um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o que aliviaria a pressão da oposição que procurava apurar gastos irregulares com cartões de crédito fornecidos pelo governo a ministros e funcionários graduados.

MSM: Como o Sr interpreta recentes notícias de que Lula pretende atuar como presidente da Petrobras ao fim de seu mandato?

Ivo Patarra: Acho que o "plano A" dele é ser secretário-geral da ONU.

MSM: O senhor pretende publicar a sua obra em língua estrangeira?

Ivo Patarra: Estou aberto para isso.

MSM: O Sr recebeu algum apoio para realizar este trabalho?

Ivo Patarra: Não.

MSM: O Senhor tem recebido alguma forma de perseguição pessoal ou profissional pelo trabalho realizado?

Ivo Patarra: Não.


Fonte - http://www.midiasemmascara.org/artigos/entrevistas/10942-entrevista-com-ivo-patarra-autor-de-qo-chefeq.html

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O PT e o pó

O PT está indignado com a acusação de que tem ligações com as Farc e o narcotráfico. A explicação é simples: o partido pensava que aquele pó branco que os companheiros colombianos vendem era açúcar.

O PT não tem nada a ver com a cocaína. Adriano Imperador e Vagner Love também não. Todos eles só gostam de passear ao lado de traficantes armados até os dentes, conversar com eles por telefone, unir forças contra os agentes do mal.

Essa doce revolução do oprimido levou, por acaso, o líder narcoguerrilheiro Raul Reyes a escrever várias cartas a Lula. Todas devidamente recebidas pelo presidente brasileiro, porque trazidas em segurança por parlamentares do PT. Não há notícia de qualquer palavra de Lula de repúdio, crítica ou mesmo desconforto com essa situação.

Ninguém jamais ouviu o presidente brasileiro esclarecer, em alto e bom som: não mantenho e não manterei diálogo com terroristas financiados pelo narcotráfico.

Não. Os companheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são interlocutores do PT, já até tomaram assento juntos em colóquios formais, à luz do dia. Nessas ocasiões, possivelmente os bravos correligionários de Lula ainda pensavam que cocaína é açúcar.

O mais novo indignado com as acusações de ligação com as Farc é Hugo Chávez. O presidente venezuelano criou mais uma crise internacional para sua coleção, rompendo relações com a Colômbia. Ficou zangado porque disseram que há gente das Farc abrigada na Venezuela.

Deu a louca nos bolivarianos de butique. Tendo a seu lado o grande Diego Armando Maradona – que também não sabe diferenciar açúcar de cocaína –, Chávez protestou contra a afirmação de que há narcoguerrilheiros colombianos instalados em seu território. O que terá ele feito com seus hóspedes das Farc? Terá exportado a turma para algum acampamento seguro do MST?

Não está dando para entender a esquerda sul-americana. No Brasil, depois de anos e anos de flerte com os revolucionários do pó branco, o PT fica chateado com uma frase de Indio da Costa sobre a poética narcótica da relação. Esses amantes são mesmo suscetíveis.

Do jeito que as coisas vão, daqui a pouco o partido de Lula vai dizer que não conhece Dilma Rousseff. Ou que só a conhece socialmente, assim como os fuzis e o açúcar que passarinho não cheira.

http://colunas.epoca.globo.com/guilhermefiuza/2010/07/23/o-pt-e-o-po/

O anúncio de Olavo Bilac

O anúncio de Olavo Bilac Autoria desconhecida Certa vez, um grande amigo do poeta Olavo Bilac queria muito vender uma propriedade rural, um ...